Bem-vindo(a)!

Meu filho é autista, por onde eu começo?

12.04.2023
Autismo Cuidados

“Acabei de receber o diagnóstico, meu filho é autista. E agora, por onde eu começo?”

Esta é uma das dúvidas mais comuns entre as famílias após o laudo de autismo. Por isso, trouxemos um guia simples, mas muito efetivo, para ajudá-los neste momento.

Antes de começarmos, é sempre bom entender de uma vez o que significa ser autista. Para isso, é preciso saber que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por alterações em três grandes áreas: a comunicação, a interação social e o comportamento.

Também é importante compreender que o autismo em si não é o problema. O que deve ser motivo de ação são os possíveis prejuízos e atrasos que suas características – como alterações no processamento sensorial, dificuldades na comunicação e rigidez mental – podem causar na vida dos indivíduos diagnosticados. As habilidades e forma de ver o mundo que as pessoas autistas trazem para os meios que frequentam se encaixam na definição de neurodiversidade, que contribui e muito para a nossa sociedade!

Meu filho foi diagnosticado com autismo, e agora?

1. Busque uma equipe multidisciplinar

A equipe multidisciplinar é um time de especialistas em diversas áreas do desenvolvimento infantil, como:

  • Psicólogo;
  • Fonoaudiólogo;
  • Terapeuta ocupacional;
  • Pedagogo;
  • Fisioterapeuta, entre outros.

Este time vai auxiliar não só a identificar os atrasos e prejuízos que o transtorno ocasionou no repertório comportamental do indivíduo, como também vai guiar a família e a escola para participarem efetivamente das intervenções e, consequentemente, ajudarem no progresso dele.

É importante buscar profissionais que sejam especializados na Ciência ABA, que você pode compreender mais profundamente aqui.

2. Junto à equipe, faça uma avaliação comportamental

Para identificar os atrasos, as lacunas no desenvolvimento do seu filho relacionadas ao espectro autista, a equipe multidisciplinar fará uma avaliação comportamental dele. Serão observadas as dificuldades e facilidades do pequeno em diversas áreas: cognitiva, social, comunicacional, etc.

Esta avaliação é muito importante e sua utilidade vai além da identificação dos atrasos: ela pode servir de métrica para observar os progressos e possíveis adequações terapêuticas ao longo do tratamento.

3. Não espere para começar as terapias

Mesmo quando o diagnóstico de autismo ainda é apenas uma desconfiança, é importante buscar recursos terapêuticos que ajudem o pequeno a desenvolver as áreas em que já foram identificados alguns atrasos.

Quanto antes as intervenções começarem, melhor!

4. A família deve se capacitar

Pais e cuidadores de pessoas autistas devem estar sempre buscando formas de aprender mais sobre o transtorno, para compreender comportamentos, limitações e situações ocasionadas por ele. Também é importante se informar sobre os recursos legais voltados aos indivíduos TEA, ou seja, as leis e direitos que visam proporcionar mais inclusão autonomia e respeito. Saiba mais neste link.

Além disso, a capacitação não é exclusiva para os pais. Irmãos, tios, avós e todos os que convivem com a criança devem se prontificar em compreender o autismo e se capacitar para auxiliá-la ao longo do processo terapêutico. Com toda a família alinhada nesse propósito, as chances das terapias terem um bom resultado é muito maior do que nos casos em que apenas uma ou duas pessoas estão verdadeiramente envolvidas.

5. Cuide de você e da sua família

Sabemos que o diagnóstico de autismo pode ser chocante para alguns pais e cuidadores. Por isso, é natural que muitos se sintam desesperados e voltem toda a sua atenção para o autista.

Mesmo que seja imprescindível procurar e começar o processo terapêutico o quanto antes, é importante ter em mente que cuidar da família e de si mesmo é tão fundamental quanto agir em relação aos atrasos! Por isso, cuide das suas relações, do seu bem-estar, da sua saúde física e emocional. Pode ter certeza que isso impacta – e muito – o desenvolvimento do seu filho, seja ele autista ou não!

Quer mais dicas sobre autismo e desenvolvimento infantil? Acesse já o canal da Mayra Gaiato no YouTube.

0

Autor(a): Equipe Instituto Singular

Psicólogas e Terapeutas

Esta dica foi escrita em conjunto por algumas psicólogas e terapeutas do Instituto Singular. Todos os artigos deste site são escritos por profissionais especializados em autismo e desenvolvimento infantil.

Anterior

O que causa o autismo?

Próximo

Deficiência intelectual e autismo: qual a diferença?