Instrumentos para identificação dos sinais de TEA
Resumo: Todo aquele que apresentar suspeita de TEA deve passar por um protocolo de avaliação multidisciplinar, a fim receber um laudo com resultados das testagens comportamentais que confirmem ou não a hipótese diagnóstica.
Ao estudarmos a temática do Transtorno do Espectro Autista (TEA) um dos primeiros tópicos a serem abordados está a identificação dos primeiros sinais e indicativos de TEA, ou seja, o diagnóstico correto, baseado em critérios médicos e sob avaliações específicas (Dias, 2019). Cabe aqui salientar, que por maior que seja a experiência de um profissional na área do TEA, toda criança que apresentar suspeita do transtorno deve passar por um protocolo de avaliação multidisciplinar, e por fim receber um laudo com resultados das testagens comportamentais que confirmem a hipótese diagnóstica (Montenegro et al., 2018).
O neuropsicólogo, capacitado e especializado em TEA, será responsável pela aplicação de determinados testes e escalas de sua área, tal como o profissional de Fonoaudiologia para a aplicação de instrumentos que competem a sua área de atuação. O parecer médico também é de suma importância para a visão plural que se faz necessária antes do diagnóstico. Destaca-se, que nem todos os profissionais da saúde tem especialização e enfoque de estudos exclusivo ao autismo, dessa forma, para que um pai ou responsável que busca um diagnóstico, contemple um resultado com maior exatidão e precisão, se faz de extrema importância a busca por profissionais especialistas na área, além de capacitados para aplicação de tais instrumentos avaliativos (Montenegro et al., 2018).
Alguns instrumentos que podem ser utilizados e aplicados por profissionais da área são: Escala CARS, Questionário MCHAT, Questionário ESAT, SRS-2, PROTEA-R, DENVER II, Checklist DENVER de intervenção precoce, entre outros materiais aos quais o profissional que estiver responsável pelo caso julgar pertinente a aplicação, e que os resultados sejam relevantes para constar no laudo final da criança (Steigleder et al., 2021; Costa; Blascovi-Assis, 2022, Dutra, 2021, De Souza et al., 2022). Novamente salienta-se que a aplicação desses materiais deve ser feita um profissional, pois para obtenção de resultados fidedignos é necessária a correta aplicação, tal como correção e interpretação dos resultados, os quais passam por uma análise descritiva e estatística, gerando gráficos sobre o desempenho comportamental do paciente.
Dessa forma, o diagnóstico que comprove que determinado paciente encontra-se no espectro é complexo, feito a partir de uma equipe multidisciplinar e exige capacitação dos mesmos na área do autismo, garantindo assim que o laudo final possa estar baseado em evidências científicas e com resultados fidedignos ao quadro clínico do paciente. Por isso procure sempre um profissional para identificação dos sinais precoce do autismo.
Referências:
Costa, C. C., & Blascovi-Assis, S. M. (2022). Teste de triagem denver ii no monitoramento do desenvolvimento de crianças com transtorno do espectro autista: uma revisão de literatura. Revista CPAQV–Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida| Vol, 14(3), 2.
de Souza, T. M., Brandão, L. F. P., Del-Fiaco, N. V., Oliveira, K. M. S., de Morais Rodrigues, S. J., & Oliveira, R. C. (2022). Utilização dos instrumentos m-chat e cars para auxiliar no diagnóstico precoce do transtorno do espectro do autismo (TEA). Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, 8(11), 2034-2044.
Dias, A. C. B. (2019). Transtorno do espectro autista (TEA): a doença, diagnóstico, tratamento e a importância do farmacêutico.
Dutra, G. S. (2021). As contribuições do Modelo Denver de Intervenção Precoce em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Pedagogia em Ação, 16(2), 170-181.
Montenegro, M. A., Celeri, E. H. R., & Casella, E. B. (2018). Transtorno do Espectro Autista-TEA: manual prático de diagnóstico e tratamento. Thieme Revinter Publicações LTDA.
Steigleder, B. G., Bosa, C. A., & Sbicigo, J. B. (2021). Sinais de alerta para transtorno do espectro autista: evidências de validade do PROTEA-R-NV. Avaliação Psicológica, 20(3), 331-340.